domingo, 16 de dezembro de 2012

- A escolha da cidade



>> TAREFA # 01: OK



Depois de um roteiro traçado, começamos a viver o ano de 2012 com o assunto Canadá mais intenso. Foram muitas noites lendo, conversando, imaginando, planejando.

A nossa primeira tarefa seria definir a cidade que iríamos, afinal, muitas decisões dependeriam desta escolha. Depois de algumas hipóteses e avaliações, optamos por Vancouver, na província de British Columbia. Na verdade, já fazia um tempo que havíamos colocado esta cidade no topo da nossa lista, por isso, nosso trabalho foi de certificar de que lá seria a melhor alternativa para a nossa adaptação. No geral, pode-se dizer que é bem completa, com muitos parques, centros de comércio e de serviços, equipamentos culturais, ótimos núcleos educacionais, transporte público eficiente, bem estruturada quanto à saúde,  organizada, etc.

Estes aspectos realmente são atrativos, mas também comuns a muitas outras cidades canadenses. Mas alguns diferenciais de Vancouver nos fez considera-lá como primeira opção:

a) é uma cidade "grande" (aspas porque não tem comparação com o tamanho de São Paulo, rsssss) e portanto, com oferta de oportunidades razoáveis;
b) idioma predominante é o inglês;
c) temperatura média ao longo do ano agradável, com as quatro estações bem definidas;
d) aparentemente não há muita neve na cidade;
e) cidade com boa infra-estrutura (como a maioria canadense);
f) cidade multicultural, o que pode facilitar a nossa adaptação pois já estão acostumados a receber imigrantes;
g) já conhecemos a cidade.

Desde que fomos aceitos no processo, buscamos informações sobre as província e regiões do Canadá para entender melhor as características do país. E Vancouver acabava sendo sempre a cidade mais próxima do que queríamos. Por causa da preferência, ainda em 2011 fomos conhecê-la pessoalmente.

Quando visitamos a primeira vez Vancouver, fomos por Seatle. Lembro-me que a chegada foi meio turbulenta, o que deu uma impressão inicial não tão boa.

Para começar, embarcamos no avião pela pista do aeroporto e numa noite chuvosa (o que é comum na região). A aeronave era minúscula. Para se ter idéia, estávamos no último assento e a fileira era número 10. Ainda na pista o Mauricio fez um comentário que quase me fez desistir da viagem: "nossa, este avião não tem turbina!". Quando parei para reparar no que ele havia observado, vi que eram hélices. Fiquei assustadíssima e não queria de jeito nenhum subir naquela coisa. Mas sem opção, entrei e por 35 minutos rezei tanto que somando as oraçoes deve ter dado uns 30 terços. E o engraçado é que mesmo assim, a Air Canadá ofereceu serviço de bordo! Talvez para amenizar o medo dos passageiros (rsss).

Enfim, chegamos em solo seguro. Alugamos um carro no próprio aeroporto para irmos ao Hotel, em Downtown. Durante o percurso ficamos observando tudo a volta para tentar absorver o máximo de imagens do local. Queríamos ver tudo o quanto fosse possível. Mas como era noite, deixamos os detalhes para o dia seguinte.

O mais estranho desta história foi que o Mauricio não foi muito fã à primeira vista e a impressão inicial dele foi negativa. E isso aconteceu porque ele cometeu um erro igual a maioria das pessoas: foi ao Canadá achando que seria parecido aos EUA. Então, quando chegamos lá e o aspecto não se assemelhou ao que ele esperava, deu um choque. Sendo assim, a primeira lição: o Canadá não é EUA. Recordo-me de olhar para ele e ver a sua  face assustada. Perguntei o que estava pensando e a primeira resposta foi: "odiei este lugar". Aí quem se assustou fui eu! Como assim odiou? Era linda, organizada, iluminada.

Mas este aspecto negativo durou pouco. No dia seguinte fomos conhecer a cidade. Foi só ele ir ao Stanley Park e ver que o snowboard e a bike passariam a fazer parte da sua rotina, que passou a amar a cidade. O Mauricio é super fã de atividades "outdoor" e isso pode fazer parte do dia a dia em Vancouver para os mais esportistas. Neve no inverno e montanha no verão. Além disso, a organização, limpeza, educação e receptividade dão pontos positivos à cidade. Descobrimos a praia e a noite boêmia que existem por lá. Depois de conhecer melhor, Vancouver subiu no ranking novamente. Uma coisa muito legal de lá é que o local oferece um cantinho para todos os gostos. Downtown é ótimo para quem procura tecnologia, para os fãs de centros históricos, Gastown é ótima, para apaixonados por esporte de montanha Capilano atende muito bem, e para as famílias West End oferece a calma necessária. Claro, também existe a Chinatown, como toda cidade grande.

Enfim, a cidade nos recebeu muito bem e nos deu segurança em escolhê-la como o nosso lugar inicial no país.

Através de diversas pessoas que nos orientaram, ficamos sabendo que o Canadá oferece muitas oportunidades, mas mais do que isso, apresenta diferenças significativas entre as regiões do país, por isso, muitos nos recomendaram que caso não gostássemos de uma cidade, deveríamos tentar outras opções. Por causa disso, colocamos na nossa cabeça que o local inicial poderia não ser definitivo.

Abaixo, umas fotinhos da nossa viagem de reconhecimento.

Seatle - Vancouver: avião sem turbina!!!!
Stanley Park
Stanley Park
A caminho do Granville Island Public Market
Granville Island Public Market
Waterfont Station
Waterfont Station
Cambie Street
Gastown




Gastown
Gastown
Visão de Downtown


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